A uma guerreira
Neste
momento,
Não
consigo mais conter,
Reluzentes
lágrimas que em minha face
Passam a
correr.
É
impossível apagar
Marcas
que ficaram
Dos bons
momentos partilhados
Dos
sofrimentos duplicados.
Agora,
como posso dormir em paz
Se meu
sonho se desfaz?
Se não
tenho mais o braço que me apraz?
Se tudo o
que fiz, ficou para trás?
Pois foi
por tua causa que aprendi
A não
andar do meu lado seguro,
A sempre
ter medo,
A não
confiar mais em mim.
Levo uma
vida de luta, de combate,
Em que
muitas vezes sinto-me só,
Sem
exércitos e sem forças
Para
travar tamanha disputa.
Hoje,
interpreto tudo,
Os risos
e os sorrisos,
Os
soluços e as lágrimas
E vejo
como é meu mundo.
Todos
querem me enganar,
Pelas
costas me apunhalar
E, aos
poucos roubar as mínimas forças
Que ainda
me restam para lutar.
Sinto que
estou presa
A uma
corrente
De
angústia, desespero e traição,
Onde a
esperança está dormente.
Quando o
corpo quer,
A alma
sente...
Como foi
de repente...
Foi tudo
tão de repente.
Nestes
dias escuros
Há mil vozes
tornando meus passos
Distantes
do meu futuro
Que ao
teu lado, poderia ser triunfo.
Mas tu
fizeste com que tudo
Parecesse
uma derrota,
Onde a
cada gesto,
Preciso
de uma prova.
É por tua
causa
Que me
encontro perdida e descrente
Do mundo
de sonhos,
De um
instante diferente.
Graças ao
teu abandono e descaso
Convenci-me
de que sei viver sem você,
De que
preciso de um guia
Que me
conduza todo dia.
Foi por
ti, que me convenci,
Que sou
Dona e Guerreira,
E, mesmo
só, estarei sempre à espreita,
Nunca me
desvio da direita.
Para que
minha memória sobreviva
Para que
meu coração reviva.
Foi por
ti,
Que me
convenci...
De que a
única coisa que me resta
É
aprender do que sofri
E
entender que mereço um minuto
A cuidar
de mim.
Beatriz Moraes de Abreu
09/ Setembro/ 2007; 02h: 46
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