Inspiração
Torno
a afligir-me com a aquela sensação
Que no
dia de hoje,
Dourados
e luminosos raios
Verteram-se
em prata de trovão.
Considero
o verdadeiro motivo
De
cortantes lágrimas
Usurparem
o lugar de um sorriso.
Reconheço
que por vezes pareço
Viver
de recordações,
Das
septações
Que,
por mais que eu tente, não esqueço.
Quando
penso que encontrei,
Vejo
que perdi.
Quando
suponho que recuperei,
Aí
vejo que o meu lugar não é estar aqui.
Esta
aflição apodera-se do meu peito
E
penalizo-me por um dia ter magoado,
Por
não ter amado direito.
Reflito
se há porquê
Para
tamanha severidade.
De
preferir duvidar a garantir,
De dar
por um sonho a realidade.
Agora,
olho para o que fiz
Desprezei
o amor de quem prometia,
Um
dia, fazer-me feliz.
Entretanto
de que me adianta questionar
Por
que abandonei, por que suspeitei,
Por
que sonhei, por que troquei,
Por
que errei?
Simplesmente
porque me encantei
Quando
não consegui dar-te
Nem
sequer um sorriso,
Mas tu
deixaste-me o teu.
Quando
ninguém se lembrou,
Mas tu
te preocupaste.
Quando
me alegrei,
Tal
felicidade duplicaste.
Porém
também foste tu
Quem dividiu
o entristecer
Quando
angústia e melancolia
Tomaram
parte do meu ser.
Neste
instante,
Transcrevo
numa septena
A fim
de tentar transparecer
O que
tive de reconhecer.
Se
passar a ideia de ser sensitiva,
Na
verdade, é de um olhar teu
Que
minha alma mais precisa.
Julgo
que num certo dia confundi
Simpatia
com um olhar
Palavras
amigas com emoções sentidas,
Páginas
vividas com músicas ouvidas.
Por
tamanha ilusão,
Entendi
que não posso andar
Com os
pés fora do chão
E que
por mais que eu diga
Que
foi em perturbação,
Na
verdade, foi num raio de Sol
Que
encontrei inspiração...
Beatriz
Moraes de Abreu
(numa noite
de insônia)
14/
Setembro/2007; o3h: 16 min
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